[DOENÇAS] DISCITE OU INFECÇÃO DO ESPAÇO DO DISCO: O QUE É?

Você já deve ter ouvido falar em discite, uma doença que acomete a coluna. Mas como ela surge? Onde afeta especificamente? Como tratá-la? Você vai entender tudo isso. Mas antes de mais nada é importante já saber que ela acomete principalmente crianças, ou seja, essa doença é mais comum em crianças do que em adultos. Por isso, se você tem filhos, sobrinhos ou contato com crianças, fique de olho. E caso eles apresentam algum sinal ou sintoma, procure um médico para fazer o diagnóstico. 

A seguir vamos apresentar os principais sintomas, e claro, mais informações sobre essa doença que acomete principalmente os “pimpolhos”.

O que é discite?

A discite, também conhecida, como infecção do espaço do disco, nada mais é do que uma inflamação dos discos intervertebrais. Essa doença inflamatória afeta o espaço do disco invertebral, que está localizado entre duas vértebras. Essa doença acomete principalmente crianças, especialmente menores de 10 anos. No entanto, também pode afetar adultos, embora seja mais incomum. Essa patologia é pouco frequente. Inclusive é definida como uma inflamação inespecífica do disco invertebral. 

Causas Discite

Ainda não se chegou a um consenso sobre sua origem. No entanto, muitos acreditam ser resultado de uma infecção. Provavelmente são decorrentes de infecções que ocorrem em um dos platôs vertebrais e, logo, passam a acometer o disco. A bactéria mais comum implicada na discite é o Staphylococcus aureus. Logo, segundo a opinião de diferentes pesquisadores e médicos, a presença deste agente bacteriano ou viral no disco invertebral é apontado como principal causa desta doença. 

Além disso, essa patologia também pode surgir em decorrência de outros processos inflamatórios como, por exemplo, os associados a uma doença auto-imune. A condição mais comum costuma afetar os discos na lombar e torácicos em suas porções média e alta.

A discite também pode estar relacionada a outros problemas de saúde como, por exemplo, a osteomielite, que é uma infecção dos ossos e da medula que pode comprometer os discos intervertebrais. Logo, ela ajuda a contribuir para o desenvolvimento do problema, podendo causar a discite.

Sintomas Discite

Embora seja uma doença relativamente incomum se comparada a outros problemas de saúde, a discite apresenta alguns sintomas que podem ser identificados de forma rápida e fácil.

O primeiro sintoma normalmente é a dor, que pode ser local, e ainda variar de moderada a severa. Ela é caracterizada pelo início lento de dores nas costas. Pode agravar-se com a realização de movimentos da coluna. Além disso, a dor também pode se propagar para o abdômen, quadril, virilha e ainda para as pernas. É importante ressaltar que alguns pacientes podem apresentar sintomas radiculares como, por exemplo, fraqueza, dormência febre e calafrios.

Com já foi apresentado, acomete principalmente crianças, as quais apresentam os seguintes sinais e sintomas: dor no abdômen, febre e dificuldade para a marcha, resultando em dificuldade e retardo no diagnóstico. Normalmente não são bem específicos. 

Resumindo, os principais sintomas são:

  • Febre
  • Calafrios
  • Sudorese (liberar muito suor)
  • Rigidez
  • Fadiga
  • Perda de apetite

Vale lembrar que as crianças com esta condição podem agir de forma bastante irritada e desconfortável, podendo até, se recusar a sentar, ficar de pé ou andar.

Diagnóstico Discite

Para realizar o diagnóstico dessa patologia, os principais exames e testes solicitados pelo médico especialista são: 

  • RNM (Ressonância Nuclear Magnética): verifica se há inflamação no espaço do disco;
  • Raios-X: verifica se existe estreitamento do espaço do disco entre as vértebras;
  • Radiografia da coluna lombo-sacra;
  • Cintilografia óssea: pode revelar uma maior captação no local da inflamação;
  • Hemograma completo: verifica se há uma contagem de glóbulos brancos elevada;
  • VHS (velocidade de hemossedimentação), PCR (Proteína C Reativa: verificam se existe uma taxa de sedimentação elevada, indicadores de inflamação;
  • Exames de sangue.

É importante ressaltar que as radiografias laterais da coluna apresentam uma aproximação do espaço discal com o platô da vértebra. Contudo, o exame mais útil para a identificação da infecção no espaço discal é a ressonância magnética.

Tratamento Discite

Até hoje o tratamento para a discite vem sendo bastante discutido. Isso acontece, pois grande parte da comunidade médica recomenda a imobilização da coluna com órteses, ou seja, com coletes imobilizadores. No entanto, outros médicos acreditam que o uso de antibióticos também deve ser realizado, uma vez que o quadro clínico mais provável é que exista a presença de uma infecção bacteriana do disco como já foi mencionado anteriormente. 

Há também a possibilidade de uma biópsia, mas este procedimento não é recomendado para crianças, somente para jovens e adultos, especialmente quando há suspeita do envolvimento desses pacientes com drogas, o que pode ampliar as chances da presença de outros microorganismos além do Staphylococcus aureus.

Também há a possibilidade de tratamento cirúrgico. Todavia, ele é recomendado somente quando o diagnóstico for inconclusivo, ou seja, apenas para casos em que há suspeita de tumor; descompressão da estrutura neural quando houver associação com o abcesso epidural ou ainda compressão em todo o tecido inflamado, dormência, fraqueza e alteração da bexiga e/ou do intestino; drenagem de abcessos e em alguns casos raros: para fundir a coluna que está instável.

O objetivo de tratar a discite é eliminar a causa da inflamação, reduzir a dor e demais sintomas e ainda restaurar ou preservar a função e as estruturas da coluna vertebral. Por isso, os tratamentos variam desde antibiótico, anti-inflamatórios e analgésicos até o repouso e uso de cinta lombar para imobilização. O tratamento depende da gravidade de cada paciente.

Em casos que envolvam a infecção é esperada a recuperação total. Já em casos em que espondilodiscites se desenvolveram como resultado de uma doença auto-imune, a recuperação vai depender do controle dessas doenças, que muitas vezes são tipicamente crônicas.

Por isso, é importante consultar um médico especialista para que ele avalie cada caso, faça o diagnóstico e ainda recomende o tratamento mais indicado para cada paciente.

Considerações finais Discite

Essa doença pode não ser tão comum, todavia, provoca muita dor e desconforto na região das costas, especialmente em crianças. Por isso, fique atento aos principais sinais e sintomas. Busque discutir sua condição ou de seu filho cuidadosamente com o seu médico, e confie em seu julgamento sobre qual a opção de tratamento é a mais adequada para cada caso.

Fontes: https://www.infoescola.com/ doencas/discite

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