ESTENOSE LOMBAR

A coluna lombar está localizada na porção inferior de suas costas. A estenose de canal lombar é um estreitamento do canal espinhal, que contém a medula espinhal e nervos. Este estreitamento pode exercer compressão sobre a medula espinhal ou sobre os nervos nas áreas comprimidas.

A estenose lombar geralmente causa dor, choques e formigamento em suas pernas, mas também pode causar dor nas costas, perda de sensibilidade nas pernas e às vezes problemas com a bexiga (dificuldade de urinar/perda de urina) ou função intestinal(constipação).

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA ESTENOSE LOMBAR?

O estreitamento da coluna nem sempre causa problemas. Mas se o estreitamento da coluna comprimir a medula espinhal ou nervos espinhais, é provável que venha desenvolver sintomas. Estes começam gradualmente e aumentam com o tempo.

Os sintomas mais comuns de estenose espinhal incluem:

Dor ou cãibras nas pernas.

A compressão dos nervos na coluna lombar pode levar a dor ou cãibras nas pernas quando se fica em pé por longos períodos ou em caminhadas. O desconforto geralmente melhora ao dobrar o corpo para frente ou ao sentar, mas persiste contínuo se ficar em pé.

A dor nas pernas ao andar é conhecida como “claudicação”, devido ao imperador romano Claudius, tinha perda da força na perna com dor. A forma de claudicação causada pela estenose lombar é chamada claudicação neurogênica, porque é causada por um problema com os nervos.

Outro tipo de claudicação, claudicação vascular, ocorre quando há um estreitamento ou bloqueio nas artérias nas pernas. Embora ambos os tipos de claudicação causarem sintomas semelhantes, eles se diferem de duas maneiras importantes: claudicação vascular geralmente fica pior quando se caminha em subida e melhora quando se fica quieto. Claudicação neurogênica geralmente piora quando se caminha descendo e fica melhor quando se inclina o corpo para a frente ou sentado, porque flexionar a coluna vertebral (flexão para a frente) geralmente reduz a compressão.

Dor lombar irradiada e dor no quadril.

A compressão nervosa pode causar dor que começa no quadril ou nádegas e se estende para a parte de trás da perna. A dor é pior quando se está sentado e geralmente afeta apenas um lado.

Muitas vezes isso é referido como “ciática” quando a dor está em grande parte na distribuição.

Perda da função do intestino ou da bexiga (síndrome da cauda equina).

Em casos graves, os nervos de bexiga ou intestinos podem ser afetados, levando à incontinência urinária ou fecal parcial ou completa.

Se você tiver esses problemas, procure atendimento médico imediatamente.

EXISTEM DIFERENTES TIPOS DE ESTENOSE LOMBAR?

  • Estenose primária: que é relativamente incomum, está presente no nascimento;
  • Estenose adquirida: que é o tipo que a maioria das pessoas têm, se desenvolve no decorrer da vida. É geralmente um resultado de alterações degenerativas na coluna vertebral que ocorrem com o envelhecimento.

Anatomicamente, podemos classificá-la em: Estenose Central, Lateral, Foraminal e Extra-foraminal – isto é relevante para o tratamento.

QUAL A GRAVIDADE DA ESTENOSE LOMBAR?

Normalmente, a estenose espinhal lombar só causa desconforto nas pernas ao caminhar, e geralmente se recupera completamente com o tratamento, no entanto, às vezes pode causar problemas mais graves, especialmente se o tratamento for adiado.

Perda de sensibilidade permanente.

A estenose lombar pode causar perda de sensibilidade nos pés ou nas pernas. Como resultado, cortes ou ferimentos podem ficar seriamente infectados pois não se tem sensibilidade.

Perda da função do intestino ou da bexiga (Síndrome de Cauda Equina).

Esta complicação é quase sempre de péssimo prognóstico. A recuperação do déficit neurológico é imprevisível mesmo após tratamento cirúrgico imediato.

A perda de massa muscular pode ser permanente, mesmo depois que a estenose é tratada.

QUAL É A CAUSA DA ESTENOSE LOMBAR?

A degeneração da coluna lombar é a causa mais comum.

Artrose de faceta.

Artrose afeta as articulações facetárias na parte posterior da coluna vertebral. Com o tempo, a cartilagem começa a se deteriorar e sua superfície lisa torna-se áspera. Se ela desgastar completamente, o osso pode esfregar dolorosamente no osso. Na tentativa de reparar o dano, o corpo pode produzir crescimentos ósseos chamados osteófitos. Quando estes se formam sobre as articulações facetárias da coluna vertebral, eles estreitam o canal espinhal.

Discos herniados.

Discos herniados, são conhecidos como “hérnias de disco”.

Os discos herniados podem ocorrer sozinhos, ou ser uma das causas da estenose da coluna vertebral. Até os 30 anos, os discos intervertebrais podem começar a mostrar sinais de deterioração. Eles começam a perder o seu teor de água, tornando-se mais plano e mais frágil.

Eventualmente, a cobertura externa dura e fibrosa do disco pode desenvolver pequenas rupturas, fazendo com que a substância gelatinosa no centro do disco se desloque (herniação ou ruptura).

Hipertrofia do Ligamento Amarelo.

Os ligamentos das costas podem sofrer alterações degenerativas, tornando-se rígidos e espessos.

O ligamento que mais causa problemas na estenose lombar é o ligamento que se localiza no interior do canal lombar. O espessamento pode pressionar os nervos, e o endurecimento impede a coluna de se mover adequadamente.

Outras Causas

Existem outras causas, tais como tumores da coluna, trauma, doença dos ossos e outros, mas eles são relativamente incomuns.

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO PARA ESTENOSE LOMBAR?

A idade é o principal fator de risco para estenose lombar. O risco de desenvolver estenose lombar aumenta após 50 anos. Outros fatores de risco são história de trauma nas costas, estenose congênita, esportes com uso excessivo dos músculos das costas e doenças metabólicas ósseas.

QUANDO DEVO PROCURAR ACONSELHAMENTO MÉDICO?

Muitas pessoas podem ignorar os primeiros sintomas da estenose, acreditando que a dor e rigidez que eles experimentam são uma parte normal do envelhecimento. Se a dor, rigidez, dormência ou fraqueza das pernas é preocupante, é apropriado procurar um Neurocirurgião. A rara complicação da síndrome da cauda equina necessita de tratamento cirúrgico de emergência.

COMO É DIAGNOSTICADA A ESTENOSE DA COLUNA LOMBAR?

A história típica é de dor nas pernas com ou sem dor nas costas.

Raio-X da coluna lombar, incluindo vistas em flexão e extensão.

Os raios X frequentemente apresentam alterações degenerativas.

Eles ajudam a descartar problemas que causam sintomas semelhantes, incluindo fraturas, tumores ósseos, doenças metabólicas. Flexão e extensão mostram se a coluna vertebral está se movendo anormalmente.

Ressonância Magnética (RM). A RM usa uma combinação de magnetismo e ondas de rádio para produzir imagens tridimensionais. A RM é extremamente útil para avaliar a coluna, pois mostra os nervos e outros tecidos moles, bem como os ossos. A RM produz imagens transversais em três planos, permitindo aos médicos obter uma compreensão clara da anatomia.

QUAL É O TRATAMENTO?

Na maioria dos pacientes é recomendado tratamento não-cirúrgico, durante pelo menos 6 semanas. Tratamento cirúrgico será aconselhado se o paciente não tiver uma boa resposta.

Fisioterapia.

Fisioterapia pode aumentar a força e a resistência dos músculos das costas e do abdômen e também melhora a flexibilidade e a estabilidade da coluna vertebral.

Repouso e exercícios leves.

O repouso moderado seguido de um retorno gradual à atividade pode melhorar os sintomas. Caminhar normalmente é o melhor exercício, especialmente para pessoas com claudicação neurogênica, mas andar de bicicleta também é útil porque mantém as costas em uma posição flexionada, o que reduz a compressão nervosa.

Colete temporário.

Ajuda a fornecer suporte e pode especialmente beneficiar as pessoas que têm músculos abdominais fracos ou degeneração em mais de uma área da coluna vertebral.

Analgésicos leves.

Anti-inflamatórios não esteroides, analgésicos narcóticos, antidepressivos e anti epilépticos,, relaxantes musculares e injeções epidurais de corticoides.

Cirúrgico.

Existem várias técnicas propostas para o tratamento cirúrgico da Estenose Lombar.

Fontes:
https://www.msdmanuals.com/
http://portal.neurocirurgia.org.br/

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